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Maysa Polcri
Publicado em 26 de maio de 2025 às 18:21
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (26) a abertura de um inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposta atuação nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro e coação de ministros da Corte. >
Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirma que o deputado tem utilizado "tom intimidatório" para tentar atrapalhar o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Inicialmente, o ministro determinou sigilo sobre o processo, mas voltou atrás na decisão. >
"A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro", afirma o procurador-geral Paulo Gonet na petição. Foram listadas diversas declarações públicas que mostrariam a intimidação contra integrantes do STF.>
Alexandre de Moraes autorizou que Eduardo Bolsonaro preste esclarecimentos por escrito no inquérito aberto por coação contra integrantes da Corte. Moraes determinou ainda que, além do deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro também seja ouvido. O ministro afirma que o ex-presidente pode ser diretamente beneficiado pelas ações do filho e que já declarou ser o responsável financeiro por sua permanência em território americano, segundo informações da jornalista Daniela Lima, da GloboNews>
Eduardo Bolsonaro se licenciou do cargo de deputado federal em março e se mudou para os Estados Unidos. Durante o anúncio de licenciatura, o filho de Jair Bolsonaro afirmou que ficaria no país americano para "resgatar liberdades perdidas" no Brasil. Ele também disse que ele e o ex-presidente sofrem, "perseguição" no país. >