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Como André do Rap, megatraficante que teve fortuna descoberta pela polícia, foi solto pelo STF

Condenado a 25 anos de prisão, ele segue desaparecido desde 2020 após decisão polêmica

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 10 de junho de 2025 às 11:31

André do Rap
André do Rap Crédito: Reprodução

Um levantamento do Departamento de Inteligência Policial (Dipol) revelou que organizações criminosas movimentaram R$ 16,8 bilhões em 100 mil contas bancárias analisadas entre janeiro de 2024 e maio de 2025. Desse montante, R$ 25,1 milhões estariam vinculados a empresas suspeitas de ligação com André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, um dos principais nomes do narcotráfico internacional e foragido desde 2020.

André do Rap, de 47 anos, foi solto após uma decisão individual do então ministro do STF Marco Aurélio Mello, que considerou haver excesso de prazo em sua prisão processual. A liminar foi posteriormente cassada pelos demais ministros, mas o traficante já havia desaparecido. Condenado a 25 anos de prisão em dois processos distintos, ele já tinha histórico de foragido entre 2014 e 2019, quando foi preso em uma mansão em Angra dos Reis (RJ), onde ostentava um patrimônio estimado em R$ 17 milhões.

Segundo investigações, o traficante se ava por agente de artistas e jogadores de futebol para lavar dinheiro do tráfico. Morador de Santos (SP), ele frequentava Angra dos Reis nos fins de semana e fazia voos fretados para Jacarepaguá, no Rio, onde cuidava de negócios ilícitos. O apelido "do Rap" surgiu após sua primeira prisão, em 1996. Integrante do PCC desde 2005, ele ou a compor músicas e promover bailes funk no Guarujá após ser solto em 2008.

Vida de luxo e conexões internacionais

André do Rap vivia cercado de luxo: promovia festas em mansões, viajava de helicóptero e chegou a adquirir uma lancha Azimut de R$ 6 milhões em nome de um laranja. A embarcação era mantida por três marinheiros, e sua residência contava com caseiro e empregados domésticos.

O traficante também possui ligações com o crime organizado internacional. ou temporadas em Portugal e Holanda antes de ser preso em 2019 e é suspeito de manter contato com a 'Ndrangheta, máfia italiana. No PCC, ele estaria à frente da "Sintonia do Tomate", setor responsável pelo tráfico internacional de drogas da facção.