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Agência Correio
Publicado em 9 de junho de 2025 às 09:30
Especialistas acendem um sinal de alerta sobre uma bebida consumida diariamente por grande parte da população. Estudos recentes indicam que apenas um copo pode estar diretamente associado ao diagnóstico de câncer no intestino, especialmente em jovens, alterando o perfil da doença. >
Essa bebida, descrita como o "veneno", são os refrigerantes açucarados, cujo consumo é um hábito rotineiro para 63% dos americanos, segundo dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos.>
Emma Schatoff, oncologista em Nova York, notou uma tendência preocupante: jovens aparentemente saudáveis chegavam ao hospital com câncer em estágio avançado, já espalhado para órgãos vitais como fígado e pulmões.>
Inicialmente, a equipe médica investigou causas tradicionais para explicar esses casos de câncer precoce em jovens. Eles procuraram por histórico de doenças, uso de certos remédios, ou dietas ricas em carne vermelha e processados, mas as explicações não se encaixavam nos casos observados.>
Schatoff relatou a surpresa dos pacientes: "Eles chegavam chocados. Não sabiam de onde aquilo tinha vindo. Procuramos por remédios, doenças pré-existentes, consumo em excesso de carne vermelha, alimentos processados, não encontrávamos ligação". O elo preocupante encontrado foi o consumo diário de bebidas açucaradas como refrigerantes.>
Para aprofundar a investigação sobre o risco do açúcar, a equipe de Schatoff conduziu uma pesquisa com mais de 300 pacientes diagnosticados com câncer colorretal antes dos 50 anos. A descoberta foi alarmante: pacientes que consumiam mais açúcar apresentaram maior probabilidade de ter câncer metastático.>
Câncer: sintomas e tratamentos
Os pesquisadores enfatizam que não é preciso muito para o risco se manifestar. Basta um copo de refrigerante açucarado por dia, ou mesmo um doce rico em açúcar, para, potencialmente, desencadear consequências devastadoras, apesar de ser um hábito comum e parecer inofensivo na rotina das pessoas.>
O cenário do câncer colorretal está mudando. Ele não é mais a idosos, mas tem aumentado em pessoas com menos de 50 anos, enquanto diminuiu nos mais velhos. Jovens são agora um grupo de risco que muitas vezes ignora esse perigo emergente.>