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Agência Correio
Publicado em 10 de junho de 2025 às 09:30
O escudo protetor da Terra está mudando mais rápido do que nunca. Desde 1990, o deslocamento do polo magnético norte quintuplicou sua velocidade, indo de 11 para 55 km por ano.
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Esse aumento repentino pode indicar o início do processo de inversão magnética, quando os polos norte e sul trocam de posição. A última vez que isso aconteceu foi há quase 800 mil anos.
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Entenda os sinais que os cientistas estão observando e como essa transformação pode afetar a vida no planeta no longo prazo.
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As inversões magnéticas ocorrem devido ao movimento turbulento do ferro e níquel derretidos no núcleo externo da Terra. Esse "dínamo" natural gera nosso campo magnético, mas também causa sua instabilidade periódica.
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Durante uma inversão, o campo não desaparece completamente, mas se torna mais fraco e complexo.
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O processo completo pode levar entre dezenas a milhares de anos, com o campo magnético recuperando sua força gradualmente após a inversão.
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O maior risco durante a inversão seria a exposição temporária à radiação solar intensa. Embora a atmosfera ainda ofereça alguma proteção, a perda parcial da camada de ozônio aumentaria os riscos de câncer de pele.
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Migrações de animais que usam o campo magnético para navegação poderiam ser afetadas. No entanto, espécies sobreviveram a inversões anteriores, sugerindo que a vida encontraria maneiras de se adaptar.
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Para a humanidade, o desafio seria proteger nossa tecnologia. Satélites precisariam de blindagem extra e sistemas de energia teriam que ser adaptados para resistir a tempestades geomagnéticas mais intensas.
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